domingo, 5 de maio de 2013

Bob Wilson no Sesc Santos com A DAMA DO MAR, 16 e 17 de maio/13

  A DAMA DO MAR Pela primeira vez Robert Wilson dirige elenco brasileiro, em peça com texto de Susan Sontag, inspirada no original de Henrik Ibsen Com Bete Coelho, Hélio Cícero, Ligia Cortez, Luis Damasceno e Ondina Clais Castilho. Estreia Santos 16 e 17 de maio de 2013 Teatro Sesc Santos Depois das apresentações de A Última Gravação de Krapp, Ópera de Três Vinténs e Lulu, o Sesc avança na sua parceria com Robert Wilson ao trazer outra produção do diretor-norte americano, A Dama do Mar, desta vez encenada só por atores brasileiros. Em fevereiro Wilson esteve em São Paulo para selecionar o elenco que reunirá nos palcos do Sesc Santos e do Sesc Pinheiros Bete Coelho, Hélio Cícero, Ligia Cortez, Luis Damasceno e Ondina Clais Castilho. Susan Sontag escreveu o texto especialmente para Wilson, a partir da peça clássica de Ibsen, uma interpretação contemporânea da lenda da mulher-foca ­ pela segurança do conhecido, ela renuncia ao seu anseio de explorar a sua verdadeira natureza. Élida viveu o começo de sua vida em grande liberdade no mar selvagem da Noruega, com seu pai e, depois de sua morte, casou-se com um velho viúvo, pai de duas filhas. Na versão brasileira, as atrizes Ligia Cortez e Ondina Castilho vão alternar a personagem de A Dama do Mar. Em cada apresentação, interpretam Élida ou uma de suas enteadas. A música de Michael Galasso foi composta a partir da adaptação de tradicionais canções folclóricas escandinavas, seu particular violino e sons do mar, como gritos das gaivotas. Com o figurino de Giorgio Armani, que reflete as várias cores do oceano, e o simples e elegante cenário, que remete a um deck de navio ­ onde pedaços de cena são indicados somente com a adição de um tecido parecido com vela de barco ­, e com mudanças de luz, Wilson criou uma obra que impregna o teatro com o desejo de Élida pelo mar. “Pensei nas formas de uma vela, pensei no encontro de linhas curvas e retas. O que me fascina neste texto é exatamente essa intercecção: a linha do tempo natural que é interrompida pela linha do tempo sobrenatural. Dois mundos que entram em colisão. Aquele que emerge será a naturalidade do sobrenatural”, afirma Wilson. Esta produção começou na Itália (1998) com Dominique Sanda no papel principal, foi remontada na Coréia (2000), com atores locais, sucesso no Festival de Teatro de Seul e o primeiro trabalho de Wilson naquele país. Depois foi encenada no Teatr Dramatyczny em Varsóvia (2005) com novo elenco de atores poloneses e permaneceu em cartaz por dois anos. Em 2008, uma nova versão foi produzida com elenco espanhol, quando Élida foi interpretada pela famosa atriz Angela Molina. Robert Wilson Desde os anos 60, as produções de Robert Wilson têm influenciado decisivamente o cenário do teatro e da ópera. Por meio de sua assinatura no uso da luz, suas investigações sobre a estrutura de um simples movimento e o clássico rigor de sua cenografia, Wilson tem continuamente articulado a força e a originalidade de sua visão. O jornal The New York Times descreveu Robert Wilson como uma imponente figura no mundo do teatro experimental. Nascido em 1941, em Waco, no Texas, Wilson está entre os principais artistas teatrais e visuais do mundo. Seu trabalho no palco integra, de forma não convencional, uma grande variedade de linguagens artísticas, incluindo dança, movimento, luz, escultura, música e texto. Suas imagens são esteticamente marcantes e emocionalmente carregadas e suas produções têm sido consagradas por plateias e críticos no mundo inteiro. Entre os prêmios e homenagens recebidos por Wilson estão dois Guggenheim Fellowship Awards (1971 e 1980), a nomeação para o Prêmio Pulitzer em Drama (1986), o Golden Lion para escultura na Bienal de Veneza (1983), o Dorothy and Lillian Gish Prize (1996), o Prêmio Europa do Taormina Arte (1997), a eleição para a Academia Americana de Artes e Letras (2000), e o prêmio Commandeur des arts et des lettres (2002), entre outros. Com o compositor Philip Glass, ele criou a ópera Einstein on the Beach. Nas produções como Deafman Glance, KA MOUTain and GUARDenia Terrace, Life and Times of Sigmund Freud, CIVIL warS, Death Destruction & Detroit e Letter for Queen Victoria, ele redefiniu e expandiu o teatro. Os colaboradores e parceiros de Wilson incluem diversos escritores e músicos, além de Susan Sontag, Lou Reed, Heiner Müller, Jessye Norman, David Byrne, Tom Waits e Rufus Wainwright. Wilson também encenou versões para obras-primas como A Flauta Mágica, Wagner's Ring Cycle, Madame Butterfly, Dreamplay, Peer Gynt, The Threepenny Opera (A Ópera de Três Vinténs) e Shakespeare’s Sonnets (Sonetos de Shakespeare). Histórico Projeto Sesc / Robert Wilson O projeto faz parte de uma parceria entre o Sesc, a Change Performing Arts e Watermill Center. Este programa já contou com as apresentações de A Última Gravação de Krapp, de Samuel Beckett, com atuação de Robert Wilson, no Sesc Belenzinho, em abril de 2012, além de A Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht, e Lulu, de Frank Wedekind, com a companhia alemã Berliner Ensemble, em novembro de 2012, no SESC Pinheiros. Foi a primeira vez que os dois espetáculos da renomada Cia. com a assinatura do diretor puderam ser vistos consecutivamente em uma mesma cidade. A programação paralela ao espetáculo A Última Gravação de Krapp apresentou, em abril de 2012, no Cinesesc, um documentário sobre a obra de Robert Wilson e o encenador conduziu ainda encontros com artistas para discutir a arte teatral e refletir sobre qual o diferencial da produção brasileira na criação artística. No Brasil, Robert Wilson já apresentou alguns trabalhos, como Quartett, com texto do dramaturgo alemão Heiner Müller (1929-1995) e atuação da francesa Isabelle Huppert, em setembro de 2009, no Sesc Pinheiros. Além disso, o Sesc também recebeu a Exposição Voom Portraits - composta principalmente por videoinstalações inspiradas na linguagem teatral, segundo a estética precisa do artista, entre o final de 2008 e início de 2009, igualmente no Sesc Pinheiros. SERVIÇO A Dama do Mar: Duração: 1h30 Não recomendado para menores de 16 anos. Sesc Santos ­ 16 e 17 de maio às 21h. Teatro do Sesc Santos (757 lugares ­ acesso para pessoas com deficiência) Ingressos: R$ 32,00 (inteira); R$ 16,00 (usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) R$ 8,00 (comerciários e trabalhadores em empresas do comércio de bens, serviços e turismo). Endereço: Rua Conselheiro Ribas, 136. Horário de funcionamento da Unidade: Terças a sextas, das 09 às 22h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h horas. Central de Atendimento: Terça a sexta das 09h às 21h30. Sábados, domingos e feriados das 10h às 18h30. Tel.: 13 3279.9800