"Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma." Augusto Boal
domingo, 15 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
O teatro pode transformar a realidade
De http://vidasimples.abril.com.br/temas/teatro-pode-transformar-realidade-612841.shtml?utm_source=redesabril_vidasimples&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_vidasimples_site
Por Maria Fernanda Vomero
Os jovens de um campo de refugiados da Cisjordânia podem experimentar a liberdade nas aulas de teatro
Foto: Reprodução
O Freedom Theatre (Teatro da Liberdade, na tradução literal) está
situado no campo de refugiados de Jenin, cidade ao norte da Cisjordânia.
O embrião do atual Freedom Theatre começou em 1987 com o belo projeto
da judia Arna Mer-Khamis. Arna, nascida antes da criação do Estado de
Israel, militava no Palmach, grupo de combate criado em 1941 e braço de
elite do exército judeu na época do Mandato Britânico da Palestina.
Depois da guerra de 1948, casou-se com o árabe Saliba Khamis, um dos
líderes do Partido Comunista de Israel. Defensora dos direitos humanos,
ela estabeleceu no campo de refugiados de Jenin um centro de atividades
teatrais para as crianças. Ali, elas descobriam seus talentos, um novo
jeito de encarar a vida - a despeito de todas as privações
socioeconômicas e das constantes e agressivas incursões do exército
israelense - , sentiam-se cuidadas e desenvolviam a autoestima.Foto: Reprodução
O grande mérito do Freedom Theatre talvez seja ensinar as crianças e os jovens a sonhar e a expressar-se com liberdade, de um modo que não seja nem violento nem vingativo. E ainda permitir que possam acreditar num mundo diferente para além das fronteiras do campo de refugiados e dos conflitos. Aos poucos, seus modelos não são mais os "mártires" mortos em confronto com o exército israelense ou em atentados suicidas, mas sim atores, cineastas, fotógrafos, professores e amigos, outras lideranças. O grupo teatral fez diversas apresentações na Europa e nos Estados Unidos.
Tantas outras crianças começaram a participar das atividades da instituição. E, agora, uma nova sede - maior que a primeira - está sendo construída, na própria cidade de Jenin. Saiba mais pelo site www.thefreedomtheatre.org.
terça-feira, 4 de março de 2014
CARTA ABERTA SOBRE OS EDITAIS DE OCUPAÇÃO DA FUNARTE
O descaso do Governo Federal com a Cultura não é novidade e vem de longe. Prova disso são os orçamentos irrisórios do Minc, a falta de planejamento e capacitação, a definição de prioridades equivocadas e, sobretudo, uma visão de cultura que desconhece ou minimiza a dimensão potencialmente emancipadora da arte e da cultura.
Neste momento, cabe denunciar a política desastrosa de ocupação dos espaços públicos geridos pelo Minc. Este Ministério, sem qualquer interlocução consequente com a sociedade, com os artistas e suas organizações de representação, nos impõe de cima para baixo editais de ocupações de espaços cênicos em diversas cidades brasileiras. Em poucas palavras: modelo de ocupação, critérios de seleção, formas de gestão e avaliação, dotação orçamentária, nada é debatido com o conjunto dos interessados. Não bastasse isso, exigências burocráticas bizantinas, como a imensa quantidade de cartas de anuência, atestam o desconhecimento da dinâmica cultural.
Qual a razão da introdução dessas normas que não constavam de outros editais da Funarte?
No edital de ocupação lançado no final de 2013, TODOS os projetos inscritos para a sala Carlos Miranda e para o Teatro de Arena Eugênio Kusnet foram inabilitados. A argumentação técnica, para a quase totalidade desses projetos, menciona a ausência de cartas de anuência de envolvidos nas atividades. Com a desqualificação de TODOS os projetos, e por conseguinte dos coletivos envolvidos, sem justificativa plausível, a Funarte expõe em público o seu descompromisso com um movimento artístico e cultural que atravessa décadas de formação, história e luta social. Mas como o que é ruim sempre pode piorar, as coisas não param aí. Ao invés de reconhecer questionamentos legítimos das categorias teatral e de dança, a Funarte relançou o edital mantendo as mesmas exigências e, num lance autoritário, sugeriu aos novos proponentes “a leitura atenta do edital”, entre outras recomendações que, na hipótese remota de terem alguma utilidade, fariam mais sentido para os burocratas da Funarte.
Duas grandes e importantes ocupações da sede da Funarte em São Paulo, em 2009 e 2011, mostraram que artistas e ativistas culturais, de horizontes e preocupações diversas, estavam fartos das arbitrariedades do governo em relação à gestão pública da cultura no Brasil. Hoje, a indignação aumenta com as constantes investidas do governo em prol da burocratização e da privatização e sucateamento da cultura e de seus espaços.
Ou a Funarte se emenda, reconhecendo e corrigindo seus equívocos ou vai ser lembrada de que a crítica é um dos motores da arte e da cultura, e que estas saberão defender-se contra a burocracia esterilizante e a política neoliberal. Iremos nos mobilizar sem trégua contra o autoritarismo e a burocratização que esvaziam a entidade e atentam contra a cultura e a arte, desvinculando-as de sua construção histórica e social.
RECUSA
Rede Cultural de Solidariedade Autônoma
São Paulo, fevereiro de 2014
Mostra Baú da Arethuzza - Os Fofos Encenam no Sesc Santos
dez anos de circo-teatro na companhia Os Fofos encenam.
::De 01 a 30 de março no Sesc Santos
Além da exposição o projeto Baú de Arethuzza apresenta: espetáculos, oficina e debate. Acompanhe a programação: http://migre.me/i5TiU — em Sesc Santos.
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